ALG CONSULTORIA E PROJETOS DE SEGURANÇA

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Busca e a Proteção de Conhecimentos | Inteligência Empresarial

O grande objetivo é a manutenção de uma vantagem competitiva, garantindo a sustentabilidade da empresa no mundo globalizado

Para compreender a importância e o significado de Inteligência e suas utilização no mundo empresarial, é preciso falar um pouco de sua história no Brasil e no mundo. O primeiro serviço de inteligência organizado de que se tem notícias foi montado na Inglaterra, por sir Francis Walsingham, ministro do exterior da rainha Elizabeth I, ainda na idade Média. Foi somente na idade contemporânea que o serviço adquiriu uma instituição com estrutura própria.
Atividades de inteligência no Brasil teve inicio em 1927, no governo de Washington Luís, coma criação do conselho de Getúlio Vargas, o CDN foi implementado, tendo sua denominação alterada para conselho superior de Segurança Nacional (CSSN).

Durante o Estado Novo, foram criados o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), origem da atual política federal (PF), e a Delegacia Da Ordem Política e Social (Dops), que, segundo parâmetros da época, objetivava a correção de atitudes da sociedade.

No governo de Eurico Gaspar Dutra, em 1946, foi criado o serviço Federal de informações e contra-informsções (SFICI) e em julho de 1964, o serviço nacional de informações (SNI). Com sua extinção, em 1990, pelo então presidente da República Fernando Collor, criou-se a secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Em 1995, nasce a Agencia Brasileira de Inteligência (Adin).

Atualmente, no Brasil, o serviço de inteligência ainda é muito pouco utilizado, talvez porque os empresários temam sua utilização pesando nos anos pós-revolução de 64, quando o objetivo desse tipo de serviço era apontar pessoas ou grupo envolvidos em ações contra o governo federal.

É evidente que a finalidade hoje é outra: o grande objetivo é a manutenção de uma vantagem competitiva, garantindo a sustentabilidade da empresa no mundo globalizado. Os empresários não podem mais se preocupar tão somente com os clientes: é preciso estar atento a seus concorrentes.

“Devido à competitividade dos mercados, já não basta compreender os clientes. As empresas precisam começar a prestar atenção a seus concorrentes. Empresas bem-sucedidas projetam e operam sistemas para obter informações contínuas sobre seus concorrentes.”
PHILIP KOTLER

A globalização tem forçado as organizações a se preocupar com a competitividade e com a colocação de seus produtos no mercado apreços menores e com melhor qualidade. Para isso, há a necessidade de constante vigilância quanto às mudanças de mercado, acompanhada as tendências do seu ambiente externo e interno.

Para que o sucesso nessa atividade seja conquistado, é necessário que as empresas tenham pelo menos um setor mínimo de Inteligência, visando o acompanhamento dessas tendências por parte do gestor, permitindo a ele uma antecipação dos fatos e o auxiliando em suas decisões.

Desde a segunda guerra, sabemos que cerca de 70% das informações utilizadas para a tomada de uma decisão estão disponíveis ostensivamente nos meios de comunicações. Hoje ,esse conceito não mudou muito. Pelo contrário, com a globalização e a tecnologia da informação, as informações estão disponíveis a qualquer pessoa que se disponha a pesquisar, por exemplo, na internet.

Por isso, julgamos conveniente que nesse setor Haja uma equipe de coleta de dados, lembrando que muitas vezes a informações estão disponíveis na própria empresa. A troca de informação interna é de suma importância e nem sempre é levada a serio no meio empresarial, o que torna a empresa vulnerável e faz perder suas competitividade, com gastos desnecessário para a obtenções de informações.

O restante das informações serão obtidas por meio da busca, pois os dados não estão disponíveis, fazendo com que a empresa tenha que obtê-los no ambiente esterno. Aqui é preciso uma segunda equipe, que denominamos de equipe de busca, que visa coletar o dado negado, ou seja, a informação que não está disponível nos meios ostensivos.

Tanto na coleta como na busca, o empresário não deva se esquecer de que ética deve nortear sua ações. A essas equipes atribui-se a responsabilidade da investigação empresarial, que normalmente não faz parte do escopo corporativo, mas de um serviço terceirizado. Aqui é onde deve a ver o momento de maior atenção por parte de quem contrata o serviço, para não haver risco de que as informações sejam conseguidas de forma antiética.

“É importante lembrar que atividade de Inteligência é uma atividade especializada permanente executada com o objetivo de produzir conhecimento de interesse do usuário de qualquer nível, e proteger conhecimentos sensíveis, instalações e nada pelos serviços de inteligência dos concorrentes.”

Na busca pelas informações sobre o mercado principalmente sobre o concorrente, o investigador terá como aliado, desde que domine a técnica, a engenharia social.

A engenharia social é uma ferramenta valiosíssima, pois, por meio da indução, o investigador terá à sua disposição informação estratégica terá à sua disposição informações estratégicas sobre o mercado e principalmente sobre o concorrente, sem ter, para isso, que utilizar meios antiéticos. As informações serão naturalmente passadas para o investigador sem pressão ou qualquer artifício psicológico para obtê-las. Em contrapartida, é preocupante saber que a sua empresa esta à mercê dos engenheiros sociais dos concorrentes. Estamos preparados para enfrentá-los?

Para isso, é preciso trabalhar com o publico interno e contra-indução, para evitar vazamentos de informações de forma involuntária. Esse trabalho fica a cardo do setor de Inteligência, que, por meio de palestras e seminários internos, prepara nossos colaboradores contra possíveis ações de engenharia social por patê da concorrência.

Percebemos que a necessidade de conhecer e de proteger conhecimentos (informações), além de muito antiga, é fundamental para qualquer empresa, seja de grade ou pequeno porte. A isso denominamos Inteligência competitiva. Para atender essa necessidade é preciso criar na empresa um sistema de Inteligência competitiva (SIC) para: antever as mudanças de mercado; antecipar-se aos concorrentes e acompanhar as mudanças do ambiente político nacional e internacional, dentre outras.

“Inteligência competitiva não é coleta de dados e não é pesquisa de mercados. A inteligência competitiva diz respeito ao risco e não à informação. A lição: demarcar ou morrer!”
BE GILAD

Para atender a esse propósito, o SIC deve ser constituído da seguinte forma:

- Área de investigação: composta por uma equipe de coleta e busca de informações. Para desencadear essa operação, os investigadores necessitam de um planejamento, visado conduzir seus trabalhos com objetividade; do contrario, o improviso tomará conta das ações, o que sem dúvida levará a se gastar tempo e dinheiro. Sabemos que improvisar faz parte dos atributos do investigado, mas, caso ele tome isso como norma, fatalmente o resultado não será satisfatório e não atingirá os objetivos propostos.

- Área de análise: composta por pessoas altamente treinadas para receber e analisar as informações, atrelando esses dados ao negócio da empresa. Aqui não é só os dados coletados, mas principalmente as fontes serão avaliadas para se ter certeza quanto à sua indoneidade. Essa equipe é a mais importante do sistema, pois é baseado nela que o gestor terá suporte para tomar sua decisão.

-Área de disseminação: é a responsável pela divulgação da informação analisada e processada. A informação só terá importância se sua divulgação for empregada dentro do princípio da oportunidade, ou seja, a informação tem prazo de validade. Podemos compara a um jornal: não adianta deixar um jornal velho nas bancas. Os trabalhos aqui produzirão uma gama de informações que serão armazenadas num Banco de dados da Inteligência, que, para sua segurança, deve ter profissionais selecionados de acordo com a atividade desenvolvida dentro do SIC.

Cabe ressaltar que em todos os escalões há a necessidade de uma conscientização da importância do SIC e que sua direção devera ficar sob responsabilidade de alguém que tenha carisma e respeito dentro da empresa, para que suas informações sejam recebidas com credibilidade e aceitação.

É aconselhável que o SIC fique ligado diretamente ao CEO ou à presidência da empresa, para ter ascensão sobre os demais departamentos. Essa aproximação necessariamente é física, pois, com o apoio da tecnologia da informação, as informações fluirão com segurança e numa velocidade compatível com a necessidade que o gestor precise para auxiliar na sua tomada de decisão.

Vemos com precaução o desinteresse do setor de segurança pala Inteligência Competitiva, o que, sem dúvida, prejudica a ascensão em termos de Gestão de Segurança corporativa Empresarial. Mas temos certeza de que ainda há tempo para redirecionarmos nossos objetivos, agregando o SIC ao escopo dos nossos trabalhos.

Para isso, necessitamos de empenho de todo setor, pois não existe Inteligência sem que o homem esteja à frete para coletar,buscar, analisar, processar e disseminar a informação como na sua própria definição, a inteligência nada mais é que produzir e proteger conhecimento, instalações e pessoal das empresa, o que significa de forma muito precisa os elementos básicos da segurança.

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